Resumo:A ciência sempre pautou- se pela disseminação do conhecimento, com destaque para a reprodutibilidade de experimentos. Entretanto, há limites práticos – e mesmo éticos – para o que pode ser compartilhado e reproduzido. A ciência aberta busca expandir esses limites, e requer que as ferramentas e os instrumentos necessários para a prática científica estejam disponíveis para todos, de modo que os experimentos possam ser reproduzidos e os resultados verificados por terceiros. Software é usado para limpeza, processamento e visualização de dados, bem como para criar modelos e realizar previsões. Algoritmos especializados são codificados na forma de bibliotecas, scripts e metadados. Sem compartilhar todos esses artefatos, é muito difícil e custoso reproduzir a pesquisa científica e validar sua correção. O Software Livre tem sido o principal componente da pesquisa em Ciência da Computação nas últimas décadas. Há centenas de exemplos de sistemas, de bibliotecas e de ferramentas que têm promovido o rápido desenvolvimento da pesquisa em Computação. Nesse contexto, o objetivo desta palestra é apresentar o que é software livre e como seu uso e compartilhamento (incluindo disponibilizar o que é produzido pelos pesquisadores como software livre) é um pré-requisito para a ciência aberta.
Bio:Professor adjunto na Universidade Federal do ABC (UFABC). Também atua como pesquisador colaborador no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP). Foi docente na Universidade de Brasília (2013-2018) e na Universidade Federal de São Paulo (2018-2021). Atuou como pesquisador em regime de pós-doutorado no IME-USP (2016-2018). Doutor em Ciência da Computação pelo IME-USP (2013). Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008). Tecnólogo em Desenvolvimento de Software (2005) e Técnico em Informática (2001) pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). Seus principais interesses de pesquisa incluem: engenharia de software, análise estática de código-fonte, software livre, métodos ágeis, DevOps e mineração de repositórios de software.
Resumo: nesta palestra eu apresento os conceitos básicos de Linhas de Produto de Software (LPS) como o seu ciclo de vida, gerência de variabilidade e geração de produtos específicos, fundamentos de UML para a criação de LPSs e gerência de variabilidades e a ferramenta SMartyModeling que compõe a abordagem Stereotype-based Management of Variability (SMarty). Também apresento conceitos básicos de experimentação controlada e a sua aplicação em LPSs de acordo com SMarty. Finalizo a palestra apresentando trabalhos em andamento de experimentos controlados em LPS adotando conceitos de Ciência Aberta.
Bio: Possui graduação em Informática e mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual de Maringá e doutorado em Ciências de Computação e Matemática Computacional pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP). Estágio Pós-Doutoral em Experimentação em Forense Digital na PUC-RS. Atualmente é Professor Visitante na PUCRS. Professor Associado do Departamento de Informática (DIN) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Possui experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Engenharia de Software, atuando principalmente nos seguintes temas: Processos de Software, Linha de Produto de Software, Avaliação de Arquitetura de Software e de Linhas de Produto, Linha de Processo de Software, Gerenciamento de Variabilidades, Métricas e Modelos de Software, Frameworks, Modelagem e Metamodelagem UML, Ambientes de Desenvolvimento e Tecnologias Java. Também possui experiência em Forense Digital, atuando em: Experimentação, Requisitos, Ontologias, Modelos Conceituais e Ferramentas para Forense Digital. Tem investigado e adotado princípios de Ciência Aberta, os quais têm regido as suas atividades de pesquisa.
Resumo: As características e exigências da sociedade moderna e digital transformaram o cenário de desenvolvimento de software e apresentaram novos desafios aos desenvolvedores e engenheiros de software, tais como a necessidade de entregas mais rápidas, mudanças frequentes nos requisitos, menor tolerância a falhas e a necessidade de adaptação aos modelos de negócios contemporâneos. A adoção de práticas ágeis tem permitido às organizações encurtar os ciclos de desenvolvimento e aumentar a colaboração dos clientes. Entretanto, isso não tem sido suficiente. Ações contínuas de planejamento, construção, operação, implantação e avaliação são necessárias para produzir produtos que atendam às necessidades e comportamentos dos clientes, tomar decisões bem-informadas e identificar oportunidades de negócio. Assim, organizações deveriam evoluir para um desenvolvimento contínuo e orientado por dados, em uma abordagem contínua de engenharia de software. A necessidade de continuidade no desenvolvimento de software pode ser percebida, por exemplo, na ampla adoção de iniciativas como Integração Contínua e DevOps. Mas, há vários outros aspectos que também precisam ser considerados para que se alcance continuidade no desenvolvimento de software como um todo. A Engenharia de Software Contínua consiste em um conjunto de práticas e ferramentas que suportam uma visão holística do desenvolvimento de software com o objetivo de torná-lo mais ágil, iterativo, integrado, contínuo e alinhado ao negócio. É um tópico recente da Engenharia de Software, portanto, há ainda muitas questões em aberto. Nesta palestra será apresentado um panorama geral da Engenharia de Software Contínua, serão abordados alguns desafios existentes e discutidas perspectivas de pesquisas futuras para o avanço do estado da arte, de forma a também contribuir para o estado da prática. Por fim, serão apresentadas algumas propostas relacionadas ao tema que vêm sendo produzidas em projetos de pesquisa desenvolvidos no NEMO.
Bio: Professora do Departamento de Informática da Universidade Federal do Espírito Santo, onde é membro sênior do Núcleo de Estudos em Modelagem Conceitual e Ontologias (NEMO) e coordenadora do Laboratório de Práticas em Engenharia de Software “Ricardo de Almeida Falbo” (LabES). É doutora em Engenharia de Sistemas e Computação pela COPPE/UFRJ. Atua como membro do comitê de programa de conferências nacionais e internacionais relevantes em sua área de atuação (ESEM, EASE, PROFES, SBES, CIbSE, SBQS, ONTOBRAS, ACM SAC, entre outras), tendo sido coordenadora do comitê de programa em várias delas. Atualmente, é membro do comitê diretivo do SBQS, evento mais importante na área de qualidade de software no Brasil, do CIbSE, evento de referência em Engenharia de Software na Ibero-América, e do ONTOBRAS, evento de maior expressão para a pesquisa e aplicações em ontologias no Brasil. Também atua como revisora de diversos periódicos (Applied Ontology Journal, Empirical Software Engineering Journal, Journal of Software Evolution and Process, Journal of Systems and Software, Information and Software Technology, entre outros). Seus principais interesses de pesquisa incluem Engenharia de Software, Engenharia de Ontologias e Ontologias aplicadas à Engenharia de Software. Tópicos nos quais ela tem trabalhado nos últimos anos incluem, entre outros: Processo de Software, Qualidade de Software, Medição de Software, Gerenciamento de Projetos de Software, Desenvolvimento Ágil, Engenharia de Software Contínua, Ontologias aplicadas à Interação Humano-Computador, Interoperabilidade Semântica e Engenharia de Ontologias. Outras informações em: http://www.inf.ufes.br/~monalessa/.
Resumo: Apesar do crescimento expressivo no Brasil, o setor de e-commerce ainda tem muito a melhorar quando comparado a grandes economias mundiais. A Loggi, criada em 2013, é uma das empresas unicórnios no Brasil, com soluções inovadoras e relevantes no setor de logística, com forte base em tecnologias digitais. A Loggi tem se posicionado, de maneira inédita, para revolucionar o setor logístico no Brasil facilitando o crescimento de um novo comércio, com economia, agilidade e confiabilidade. Nesta palestra daremos uma visão geral de SRE (Site Reliability Engineering) na Loggi, conceitos e evolução da disciplina de SRE, exemplos de atividades de monitoramento e de métricas para apoiar o oferecimento de soluções de software e serviços de alta qualidade de forma a atender aos requisitos de qualidade no domínio de logística. Falaremos sobre as lições aprendidas e desafios. Para saber mais, acesse: loggi.com/venha.
Bio: Gerente Senior de Engenharia na Loggi e lidera a tribo de plataforma que contempla os times responsáveis pela construção da tecnologia base para todos os times de Engenharia e Dados da companhia. Com mais de 10 anos de experiência, é apaixonado por problemas e sistemas em produção.
Resumo: Nesta palestra apresentamos um case de sucesso em engenharia de software, o Laboratório Bridge da UFSC, vencedor do Prêmio Labutantes - Melhor Laboratório de Inovação da Região Sul, e responsável por vários projetos de informatização do Ministério da Saúde desde 2013. Em especial, apresentaremos algumas das práticas de desenvolvimento ágil que permitiram que essa equipe de mais de 160 pessoas esteja criando produtos fabulosos para a gestão da saúde pública no Brasil, impactando mais de 650 mil usuários e 150 milhões de habitantes. www.bridge.ufsc.br.
Bio: Professor Titular da UFSC em Engenharia de Software. Coordenador Geral do Laboratório Bridge. Bacharel e Mestre em Ciência da Computação e Doutor em Engenharia (1993). Vencedor do Prêmio Francisco Romeu Landi - Pesquisador Inovador no Setor Público (2021). Menção honrosa no Prêmio Luiz Fernando Gomes Soares – SBC (2021). Finalista do 59º Prêmio Jabuti (Excelência em Produção Literária Nacional) com o livro História da Computação (2017). Professor Honoris Causa pelo Centro de Instrução de Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro (2013). Autor de cinco livros e mais de uma centena de artigos científicos.